26.2.14

2ª Edição: 1 Tema, 3 Coordenadas, 1 Posição (11)

As escolhas de:
Letícia Pereira, autora do blogue Crítica Retrô

Os 3 filmes que melhor transmitem a Coragem:
Mr. Smith Goes to Washington (1939)
Peço a Palavra, Frank Capra

To Kill a Mockingbird (1962)
Na Sombra e no Silêncio, Robert Mulligan

Norma Rae (1979)
Martin Ritt

O realizador que melhor exprime a Coragem:
Elia Kazan (1909–2003)
"I like directors who come on the set and create something that's a little dangerous, difficult or unusual."

As escolhas de:
Emanuel Neto, autor no blogue Por Um Punhado De Euros 

Os 3 filmes que melhor revelam a Coragem:
Ulisse (1954)
Ulisses, Mario Camerini

Ben-Hur (1959)
William Wyler

The Fall of the Roman Empire (1964)
A Queda do Império Romano, Anthony Mann

O realizador que melhor filma a Coragem:
Kenneth Branagh
"My definition of success is control."

Obrigado, Letícia e Emanuel, pelas participações.
Concorda / Identifica-se com estas Posições?

10 comentários:

  1. O Kenneth Brannagh é uma escolha estranha, tendo em conta que o Henry V não foi considerado um dos três melhores filmes.

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  2. Um gajo que arrisca assinar um filme como "Thor" só pode ser corajoso! Não resisti...

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  3. Não conheço os filmes que a Letícia escolheu. Das escolhas do Emanuel não conheço o primeiro, os outros dois filmes são dois épicos valentes sim :) e sobre coragem :)

    Cumps.
    Roberto Simões
    http://cineroad.blogspot.pt/

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  4. Vi que a escolha de Elia Kazan seria um pouco polêmica por ele ter delatado ex-camaradas do partido comunista nos anos 50. Esse ato pode ser visto como uma covardia ou uma grande demonstração de coragem, pois talvez Elia soubesse que, a partir de então, mesmo continuando a filmar, seria um pária em Hollywood.
    Mas eu me importei mais com a carreira de Elia, e ele sempre fez filmes em que o protagonista precisa demonstrar imensa coragem: "A Luz é para todos / Gentlemen's Agreement" (1947), "O que a carne herda / Pinky" (1949), "Viva Zapata!" (1952), "Os Saltimbancos / Man on a Tightrope" (1953), "Sindicato de Ladrões / On the Waterfront" (1954), e outros, só para citar os filmes em que o tema coragem é mais evidente.
    Leitores, corram atrás destes filmes, tanto os que eu escolhi quanto os que o Emanuel indicou. Vocês não vão se arrepender!

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  5. Antes de mais quero agradecer ao Jorge Teixeira o convite para participar nesta rubrica.
    Quanto às minhas escolhas:
    "Ulisses" - retrata as aventuras do herói grego após a Guerra de Tróia e os 10 anos de Odisseia pelo mar. Os heróis da mitologia grega estão inevitavelmente ligados à coragem.
    "Ben-Hur" - para mim o mais extraordinário épico da História do Cinema. O protagonista demonstra muita coragem física e mental para inverter a sua situação de escravo sempre com o objetivo de se vingar. Coragem também para Sam Zimbalist, o produtor que apostou tudo o que tinha neste filme. Se fosse bem sucedido o estúdio sobrevivia, se não fosse bem sucedido era o colapso total. O filme foi um enorme sucesso mas ironicamente Zimbalist acabou por morrer de ataque cardíaco devido à enorme pressão que todos colocaram em cima dele!
    "A Quedo do Império Romano" - outro épico cheio de personagens corajosas, uma super produção mas que ao contrário de Ben-Hur não teve sucesso nas bilheteiras. O produtor Samuel Bronston teve a coragem de apostar mas o seu império ruiu.
    "Kenneth Branagh" - escolhi este cineasta principalmente por causa de "Hamlet", filme de 1996 realizado e protagonizado por Branagh. No meu ponto de vista é preciso coragem e engenho fazer uma adaptação da melhor tragédia de Shakespeare usando o texto integral original da obra. O resultado é, na minha opinião, um filme grandioso e genial.

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  6. Lamentável a escolha do Elia Kazan. Foi um bom realizador sem dúvida, mas as suas escolhas pessoais e aquilo que ele fez a companheiros de profissão e gente do cinema inquinam logo a ideia de "coragem" que é aqui trazida.

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  7. RICARDO LOPES MOURA, Confesso que não conheço muito do trabalho de Kenneth Brannagh enquanto realizador, por isso não poderei opinar muito sobre o assunto. No entanto, concordo, é capaz de ser uma escolha polémica, tendo em conta, sobretudo, os seus últimos filmes muito razoáveis.

    FREDERICO DANIEL, Aconselho-te então grande parte dos destaques das primeiras escolhas, e, como é óbvio, o Ben-Hur das segundas, este absolutamente obrigatório.

    PEDRO PEREIRA, De facto, também na minha opinião, Kenneth Brannagh tem se desleixado nos últimos tempos, se isso depois é de coragem ou não já dependerá de cada um eheh :)

    ROBERTO SIMÕES, Não posso deixar de te aconselhar então o filme do Capra (muito bom e bastante adequado ao tema) e o do Mulligan (brilhante ensaio sobre a coragem, o racismo e a sinceridade). Penso que gostarás dos dois. De resto, de acordo com o que referes em relação às escolhas do Emanuel.

    LÊ, Obrigado por mais uma participação nesta iniciativa :). Quanto ao que escreveste sobre Elia Kazan, totalmente de acordo, o autor tem demasiadas qualidades, e bons filmes na sua carreira, que, pese embora as suas convicções políticas e sociais, será sempre um cineasta de destaque e que evidencia imensa coragem com os seus projectos, aqui mais importantes para o debate que propriamente a sua pessoa. Por outro lado, dos filmes que referenciaste, só não conheço Norma Rae, sendo que os outros dois me parecem muito bem encaixados no tema. Grandes grandes filmes.

    EMANUEL NETO, Obrigado nós, pela participação e pela disponibilidade. Relativamente às tuas escolhas, parecem-me no geral boas, muito boas mesmo se falarmos de Ben-Hur - grande épico em que a coragem é um valor, mais que abordado, estrutural em toda a narrativa. De resto, já o disse, de Kenneth Branagh não conheço muito, especialmente os seus maiores (e primeiros) filmes, inclusive o Hamlet, pelo que não consigo tecer grande reflexão. Interessante escolha, ainda assim.

    CARLOS BRANCO, Pois, percebo a indignação, mas às tantas estamos sempre mais a falar dos valores enquanto cineasta e dos valores dos seus filmes, que propriamente em questões pessoais de Kazan. E eu percebo que, por vezes, essa divisão não é assim tão linear, nem fácil, mas no meu entender, o seu currículo na sétima arte fala por si, e de que maneira. Pode não remeter a ideia de Coragem se atendermos ao homem, mas se nos restringirmos aos filmes, surge-me imediatamente esse tema. Pessoalmente, gostei da escolha, o que não invalida aqui a curiosidade de que ambas as escolhas dos realizadores nesta selecção são, no mínimo, polémicas e menos correntes. Interessante esse facto.

    Cumprimentos,
    Jorge Teixeira
    Caminho Largo

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  8. Anotei aqui esse Ulisse que parece que ainda teve dedo do Mario Bava ainda que não creditado.

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  9. PEDRO PEREIRA, Também ficou desde logo devidamente anotado :)

    Cumprimentos,
    Jorge Teixeira
    Caminho Largo

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